Padre Mateus emocionou a toda comunidade com suas palavras. Leia  a homilia completa.

Reverendíssimo pároco, caro diácono, amados familiares, estimados amigos, é um dia muito feliz para mim, o dia que celebro meu aniversário sacerdotal, não só pelo fato de relembrar a misericórdia de Deus em minha vida, minha eleição e chamado e poder agradecer por Ele me sustentar com sua benevolência; óbvio que isso t2017 10 10pnsa aniversario sacerdotal pe Matheusudo é muito importante, mas sobretudo, a felicidade vem por ser uma ocasião de refletir sobre o mistério do sacerdócio de Jesus Cristo.
Após o pecado das origens, sabemos pela nossa fé que a humanidade entrou num estado de trevas, estava perdida, sem sentido e rumo. Ela havia rompido o ligame com a eternidade e com o caminho que levava ao seu destino. Mas, por Deus não cansar de nos amar, decidiu se tornar homem, para que assim, a humanidade pudesse encontrar de novo seu caminho. O homem, outrora cego e vazio, podia agora ouvir Deus falando ao seu ouvido, tocando sua mão, caminhando ao seu lado, reatando o caminho desfeito, renovando, pela cura interior que extirpa o pecado e dá novo alento, a humanidade a partir de seu interior mostrando o sentido e o fim do homem.
Essa ponte estabelecida por Cristo, ponte de amor e verdade, foi realizada porque a encarnação de Deus, o fato dEle ter se feito um de nós, uniu a humanidade à divindade. É exatamente isso que é o sacerdócio. As figuras sacerdotais do Antigo Testamento estavam tentando apontar o que Cristo faria em seu sacerdócio – Deus que toca o homem e o homem que pode, deslumbrado, tocar e se relacionar com Deus.
Mas como Deus quis continuar sua ação salvífica no mundo? Como esse mistério toca os homens hoje? A resposta nos espanta! Mas é a verdade. Ele comunicou seu sacerdócio, seu poder de salvação aos pastores de sua Igreja.

Vejam, isso parece insensatez, mas Ele, por um desígnio desconhecido, consagra hom

 

ens fracos, imperfeitos, e pequenos para que continue a tocar o ser humano com sua misericórdia.
É isso que um sacerdote experimenta todo dia! Nossas palavras “Isto é o meu corpo...”; “Eu te absolvo...”; “Por esta santa unção...”; “Eu te batizo...” são envolvidas de uma força que não vem de nossa fraqueza, mas do sacerdócio de Cristo em nós e atualizam a ação do Senhor nas almas.
A liturgia de hoje nos orientou a enxergarmos um pouco da realidade sacerdotal. O sacerdote, como o profeta Jonas na primeira leitura, recebe uma missão que não vem dele pr

óprio, é enviado às cidades para chamar o povo à conversão. Quantas vezes nos abeiramos do ambão querendo trazer uma mensagem mais amena, mais diplomática, menos forte, mas sabemos, como Jonas, que não podemos, pois a palavra não é nossa. Diferente de Nínive, o mundo atual não crê e não aceita de bom grado a palavra do profeta, do sacerdote, e isso muitas vezes é pesado para o padre. Quantas vezes nosso zelo para que as almas se salvem é interpretado como preconceito, extremismo ou pieguice. No entanto, Deus não deixa de consolar nosso coração. São inúmeras as vezes que Deus nos permite ver que através de nossas palavras, através do ministério que exercemos em nome dEle, lares são refeitos, propósitos são retomados, consolo é distribuído aos aflitos, lágrimas são enxugadas aos desesperados, e até vidas são salvas da morte e da perdição.
No Evangelho, a atitude de Maria, irmã de Marta, nos indica algo muito importante para a vida de um sacerdote – a comunidade que crê no mistério com o qual o sacerdote foi revestido. “Maria sentou-se aos pés do Senhor”, diz-nos o Evangelho, a atitude de Maria, sem rejeitar a boa vontade de Marta, foi um reconhecimento de que não estava diante de um hóspede qualquer. Como é importante para o padre ser sinalizado, pelo respeito e reverência discreta da comunidade, que ele não é comum, que a fraqueza dele foi revestida do mistério de Deus. Isso não para sua vaidade ou prepotência, mas para que não ceda à tentação de pensar que exerce somente uma função a qual pode abrir mão em alguns momentos ou deixá-la de exercer depois de um tempo de experiência.
Também no evangelho, o elogio de Jesus à Maria, indica ao sacerdote que a santidade de seu ministério não é medida pelo seu ativismo, pelo seu dia corrido, pela dedicação exaustiva que teve em tal situação ou pela eloquência de seu sermão, mas sim, como Maria, aos pés do Senhor; sua santidade está em sua união

com Deus. É santo o padre que sabe escutar a Deus, que sabe ter tempo pra Ele e sabe viver sempre, em todo lugar, com qualquer pessoa, em qualquer contexto, voltado para o único e verdadeiro amor de sua vida – Jesus.
O refrão do salmo de hoje, diz: “Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir?”. A ruína de um sacerdote é quando ele esquece que é somente um servo falho, quando não vê a autoridade e o poder que tem como um serviço à Igreja e uma missão recebida. Se Deus levasse em conta nossas faltas – nossa impaciência, nossa falta de misericórdia, nossos maus juízos e misérias – não subsistiríamos, não seríamos nunca consagrados. Mas, esse refrão no contexto dessa reflexão quer motivar também, a vocês leigos a, como Deus, terem misericórdia de nossos erros e imperfeições. Dois anos de padre e tenho muito a pedir perdão. É comum o padre sair de algum diálogo se perguntando – “Será que agi como Jesus?”; “Será que minha atitude, minha expressão dificultou essa pessoa de ver Jesus em mim?”. Misericórdia pelas vezes que não fui expressão do manso e humilde Cristo para vocês. 
Meus caros irmãos, o sacerdócio é uma hist

ória de amor de Deus para com seu povo. Quando Deus ordena um padre, Ele quer dizer para cada um dos fiéis – “Eu te amo muito, eu tirei esse homem da vida dele para que ele pudesse anunciar meu amor a você”. Por favor, meus irmãos, nunca deixem de ver a beleza e a força do sacerdócio de Jesus por causa de nossas limitações. Não deixem de crê e amar o tesouro do sacerdócio católico, até mesmo quando alguns dos próprios sacerdotes não creem mais e deixam o caminho. “O Sacerdote é o amor do coração de Jesus”, dizia S. João Maria Vianey.
Agradeço a Deus por poder celebrar esse meu aniversário sacerdotal aqui com vocês em Cabo Frio. Obrigado pelo carinho e respeito. Peço as orações de todos para que eu persevere e seja fiel sempre a Ele e grato pelo chamado que Ele me fez.
Que a Virgem Assunta aos Céus, Rainha dos Sacerdotes, nos ajude no caminho rumo ao seu Filho.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

 

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