Antes de iniciar sobre o assunto dessa matéria, resolvemos desenvolver um posicionamento bastante controverso.
Segundo o prof. Ricardo Felício, mestre em meteorologia pelo INPE (instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e doutor em geografia física e professor doutor pela universidade de São Paulo diz que “ o aquecimento global e suas interferências não são motivos para tanta manifestação de um cataclismo global “.
Na sua teoria o planeta vive períodos cíclicos quentes e frios. No século passado os anos mais quentes foram entre as décadas de 30 e 40 e no final do século as temperaturas ficaram muito mais baixas. Houve um período que a média da temperatura chegou a 10 graus acima do considerado normal e não chegou a representar nenhum perigo para a humanidade. Para o professor atualmente estamos vivendo no período interglacial; isso significa que a terra vive nesse momento um período de aquecimento.
Por fim, segundo ele, a terra está a entrar em uma fase do ciclo climático em que as temperaturas médias serão muito mais baixas.
Conforme Felício “....dizer que os seres humanos conseguem mudar o clima do planeta continua a ser um enorme embuste, só sendo possível de ser provado nos modelos falaciosos de computador que só sabem simular o falso efeito estufa e não os reais controladores do clima terrestre. Culpar o homem por qualquer coisa que aconteça no tempo e clima virou uma obsessão”. Ele acredita que a climatologia estuda a interação da atmosfera com toda a superfície e em primeiro lugar uma imensa parte da terra é formada de água. Como consequência a atmosfera está intimamente ligada aos oceanos, então não tem como falar que o homem que altera o clima; porque na verdade quem altera o clima são os oceanos.
Ricardo Felício também ataca o tratado de Kyoto, onde pensa-se que o CO2 é o grande vilão do planeta e determina o fechamento de fábricas poluidoras. Na realidade, ele afirma que o CO2 é o gás da vida !! Sem ele nada existe uma vez que as plantas necessitam do CO2 para fazer a fotossíntese.
Finalizando; toda essa história de aquecimento solar e iminente descongelamento das camadas polares faz parte de um grande negócio mundial; onde as industrias irão trocar produtos utilizados atualmente, por outros “não poluentes” gerando enormes lucros para os países envolvidos nessa enorme mentira mundial.
Bem, dito isso, voltemos para a nossa região. Temos a maior laguna hipersalina do mundo. Estendendo-se entre as cidades de Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Arraial do Cabo.
A troca da água da laguna com a atmosfera é constante. A variação climática fica entre 18 e 26 graus e é uma das mais secas do Sudeste.
Então estamos livres de alagamento, calor escaldante ou frio congelante. O risco maior não está no efeito estufa ou no CO2, mas sim na poluição das águas que nós mesmos produzimos.
Para um bom funcionamento as estações de tratamento usam filtros e vários produtos químicos para limpar a água que sai pelas torneiras das casas. Todo esse cuidado não é visando a saúde da população.
A água captada de rios ou represas vem com folhas, peixes, lodo e muitas bactérias. Para chegar às casas, limpa e sem cheiro, passa cerca de 3 horas dentro de uma estação de tratamento que inclui fases de decantação da sujeira, filtragem e adição de cloro e flúor, entre outras etapas.
Você sabe como funciona uma ETA - (Estações de Tratamento de Água e Esgoto)?
A ETA da Pro-Lagos está localizada em São Vicente de Paulo, distrito de Araruama onde capta água da lagoa de Juturnaíba.
Com quase 2.500 km de extensão e diversas casas de bombas, reservatório e estações de manobra, para que o consumidor tenha uma água limpa e tratada na sua torneira. A região assistida pela empresa tem uma população fixa em 400 mil habitantes, podendo chegar a um milhão de pessoas na alta temporada.
A unidade operacional do sistema de esgotamento sanitário que através de processos físicos, químicos e biológicos removem as cargas poluentes do esgoto, devolvendo ao ambiente o produto final, efluente tratado, em conformidade com os padrões exigidos pela legislação ambiental.
Na região atendida pela concessionária existem 7 estações de tratamento: 2 em Cabo Frio – 2 em Arraial do Cabo – 1 em São Pedro – 1 em Iguaba Grande – 1 em búzios. Juntas tratam 97 milhões de litros de esgoto por dia.
Em 2013 foi implementado a estação de tratamento de água para reuso em Búzios. Na estação de reúso, os efluentes tratados na estação de esgoto são submetidos a um polimento em 3 etapas. A água poderá ser usada na irrigação de grama e jardins, lavagem de ruas entre outras utilizações.
Uma visão ecologicamente sustentável para o tratamento de água e esgoto se o cidadão tivesse conscientização. Apesar da água ser essencial para a vida humana muitas pessoas não dão importância para o consumo consciente. Alguns hábitos deveriam fazer parte do dia a dia, os quais poderiam representar uma economia no tratamento de água e consequentemente uma diminuição no custo, gerando uma tarifa mais barata.
A importância da coleta seletiva é justamente a redução dos impactos ambientais do consumo. Materiais como pilhas e objetos eletrônicos, quando descartados incorretamente, poluem o solo, a água e as vezes até o mar. Então uma política pública para uma coleta seletiva do lixo é importantíssima, não só para o meio ambiente, mas também com um reflexo do bem-estar da humanidade.
Ricardo Felício diz em sua teoria que tudo vai passar. Vamos esperar sentados ou vamos fazer a diferença cuidando desta casa comum de todos chamada Planeta Terra?
Foto: Reinaldo Azevedo
Por: Maria Lúcia Menezes