Perdão é decisão. Mesmo que o nosso coração esteja ferido, hoje Deus quer nos dar a graça do perdão. Disponha-se a perdoar, seja o que for. A falta de perdão talvez esteja acabando com você. É como soda cáustica colocada na boca: logo começa a corroer. Espiritualmente, psicologicamente e até fisicamente, essa dor está acabando, em primeiro lugar, com você. Deus está lhe dando a graça de perdoar!
Perdão não é um sentimento, é ato de vontade. Queira perdoar, agarre essa graça do perdão e diga do fundo do seu coração: “Eu perdoo”. Mesmo que você tenha perdido as esperanças de que as atitudes mudem, perdoe.
Que seu amor, mesmo sofrido, doloroso, seja um “dreno” para retirar de seu coração todo mal que fizeram contra você. Seja o que for, perdoe, peça misericórdia. O oposto da mágoa, do ressentimento, da decepção e de todos esses sentimentos negativos é a alegria.
Sim, a alegria nasce do coração puro, do coração daqueles de quem Jesus disse: “Bem-aventurados os puros de coração”(Mt 5,8). Eles são simples como as crianças, não guardam raiva, não guardam rancor. Eles não cultivam ressentimentos, não dão espaço para as decepções. Eles não se permitem ter ódio no coração e nem mesmo admitem a possibilidade de vingança. Por isso são puros, são limpos de coração. São realmente bem-aventurados.
O Senhor precisa, no mundo de hoje, que todos nós, cristãos, tenhamos a ousadia de ser “puros de coração”. A recompensa dos puros é a alegria. Dela diz o Eclesiástico: “A alegria do coração é a vida da pessoa, tesouro inexaurível de santidade, a alegria da pessoa prolonga-lhe a vida” (Eclo 30,23).