Sabemos a importância do professor na vida de cada um de nós, reconhecemos as “marcas” que podem deixar em nossa vida.

Sabemos que seu trabalho não para na sala de aula, mas mesmo assim, vemos o quanto são desvalorizados em sua missão em diversos aspectos. Vivemos um momento em que muitos valores estão invertidos, onde a formação humana e a educação básica são vistas como “obrigação” da escola e não como um dever familiar. E essa falta de parceria escola/família tem prejudicado nossos professores em sala de aula, pois em muitos momentos precisam parar a aula, a explicação, para solucionar situações de conflitos relacionados à falta de educação, de interesse dos alunos, e até mesmo, algum tipo de atrito físico ou verbal. E quando solicitada a presença dos pais, esses apontam como um dever do professor mediar esses conflitos, sem incomodá-los, e ainda tiram de seus filhos a responsabilidade diante da falta de respeito com a autoridade do professor.

 

Diante dessa realidade, o desgaste físico e mental é inevitável no dia a dia dos professores que, aos poucos, acabam adoecendo, somatizando e, consequentemente, se afastando da sala de aula.

 

O estresse e o desgaste emocional passam a prejudicar o desempenho e o envolvimento do professor nas suas tarefas diárias e, com isso, pouco a pouco a qualidade do ensino vai sendo prejudicada e a cobrança sobre a capacidade do professor é posta à prova. Contudo, nós, enquanto sociedade, precisamos valorizar nossos mestres e ensinar nossas crianças a respeitar o professor, porque ele não é apenas transmissor de conteúdo, mas formador referência para o senso crítico, o respeito mútuo e o desejo de fazer a diferença na sociedade.

 

O mesmo deve acontecer com os gestores, que precisam caminhar junto com seus professores e fazer com que se sintam fortes o bastante para enfrentar esses desafios e seguros de sua atuação, sendo valorizados, mesmo que tenham recursos limitados para desenvolver sua função.

 

Não existe motivo isolado para que os professores se estressem com a dinâmica de uma sala de aula, mas sim, uma somatória de situações que fazem com que eles se sintam incapazes, indiferentes, desmotivados, cansados, entre outros sentimentos que talvez seja muito difícil para eles descreverem. Porém, o que não podemos esquecer é que a educação se constrói com amor, companheirismo, dedicação e, principalmente, valorização. Assim como o aluno precisa de reconhecimento para avançar no processo de ensino e aprendizagem, o professor precisa de motivação para não desistir nunca de sua bela vocação: transmitir conhecimento e formar cidadãos conscientes do seu papel na sociedade.

 

Por: Aline Tayná de Carvalho Barbosa Rodrigues é Licenciada e Graduada em Psicologia Pós Graduada em Psicopedagogia e Psicomotricidade.

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